quinta-feira, 2 de abril de 2009

O corpo delas hoje...

Falar do próprio corpo. Na atualidade as coisas mudam, o corpo feminino destaca-se por ser estratégico para o jogo geográfico. Há uma elaboração de novos valores sobre o corpo.

Estamos em uma fase de melhora das condições de saúde da mulher. Novas práticas corporais. Revistas femininas desenvolvendo um ideal de beleza específico. A luta pela autonomia de seu corpo torna-se a grande bandeira do feminismo contemporâneo.

Na contemporaneidade, a luta feminista passa por etapas. Pioneiras ousam desafiar as proibições e quebrar tabus. George Sand, Colette e Virgínia Woolf são algumas delas.

Entre 1900/1920 as mulheres se atrevem a outro discurso acerca do corpo feminino. Surgem as primeiras enfermeiras ou médicas mais atentas aos problemas das mulheres. Um exemplo é a Dra. Madeleine Pelletier que em 1926 defendeu o direito de aborto.

Em pleno baby boom (1949), Simone de Beauvoir publica O segundo sexo, introduzindo a idéia de "gênero" e abrindo caminho para o feminismo contemporâneo.

Os neomalthusianos, entre eles mulheres como Jeanne Humbert, Nellly Roussel, Madeleine Pelletier, exortam as classes populares a limitar a prole, propondo-lhes métodos contraceptivos.

Entre as guerras acontece o Birth control, principalmente nos EUA e na Inglaterra. Em 1956 inicia-se o planejamento familiar na França e em 1961 surge a pílula anticoncepcional.

A Lei Neuwirth, na França, em 1967, legaliza o uso de contraceptivos e revoga a lei de 1920. A Lei Veil, na França, em 1975, legalizou o aborto. Nos anos seguintes o estupro foi declarado crime, surgem leis sobre o assédio sexual, repressão do incesto e associações contra as violências feitas às mulheres.

O silêncio vencido. Uma forma de revolução, no entanto, não significa que tudo esteja resolvido. Um pesado silêncio continua recobrindo os sofrimentos do corpo da mulher no mundo.