As mulheres aprenderam desde criança sobre a potência dos homens, os machos. Aprenderam que devem ser satisfeitas, ultrapassando as poucas condições devem aguardar que isso aconteça, carregando uma sossegada inércia. As mulheres não satisfazem, precisam ser satisfeitas, a tarefa é atribuição dos homens que, dotados de um espírito de responsabilidade atrelado ao preparo físico, lançam-se à epopéia amorosa, rogando ao criador que seu preparo não falhe.
Raiz de inúmeros sofrimentos para a maior parte dos machos, essas verdades nunca foram abaladas por qualquer dúvida, nunca foram motivo de questionamento. Como pau é pau e pedra é pedra, como as mulheres são doces e os homens fortes, como uma menina é frágil e um menino não chora, e prendam suas cabras que o meu bode está solto, assim também, os homens são donos das mulheres, fazem gozar, e as mulheres gozam. E quem não consegue está ferrado e quem não atinge o osgasmo é uma chata. Para uns e outros essa é uma verdade, mas não para todos.
A imagem dos homens super amantes, solucionando a contento os problemas sexuais ou nunca os encontrando, integra uma mitologia infantil que se evidencia na puberdade tomando a forma de expectativa de si mesma ou mesmo.
Em uma roda de amigos ou colegas de trabalho, após algumas doses, não há quem duvide de que o homem é antes de tudo poderoso. Forte e atrevido na conquista das mulheres, livre e sem dor na consciência na hora de escanteá-las. Enfim, cara de pau e malandragem são ingredientes necessários na receita do verdadeiro amante, ciente de todas as artes do amor.
Internalizada nesse auto-retrato de masculinidade agressiva, forte e poderosa, aparece como seu pano de fundo a imagem da fêmea desprotegida, casta e passiva, que depende do entusiasmo masculino para ser seduzida. Ela quase nada sabe sobre sexo, afinal como deve ser toda mulher séria. Possui desejos não definidos, ou pouco devassados. Dependendo afinal do macho aventureiro, do mestre que virá transformá-la numa mulher satisfeita , que lhe fará aprender os segredos do sexo.
O prazer feminino aparece dependente do desempenho masculino, e se estrutura a partir do prazer que ele é capaz de proporcionar. Não há iniciativa feminina, somente conformação. Crer nesse modelo de passividade feminina é a forma confortável que o homem encontrou para sentir-se seguro. Mulheres passivas, inertes, evitam maiores problemas.
O grande problema é que as próprias mulheres interiorizam essa imagem sexual e tendem a se comportar em função dela, dando, assim, muita importância ao arsenal de mitos que a ingenuidade e o desejo de dominação dos homens conta sobre a inocência e passividade femininas. Elas acabam confirmando profecias que não se baseiam em nada mais do que na própria necessidade masculina de se sentir seguro.
Raiz de inúmeros sofrimentos para a maior parte dos machos, essas verdades nunca foram abaladas por qualquer dúvida, nunca foram motivo de questionamento. Como pau é pau e pedra é pedra, como as mulheres são doces e os homens fortes, como uma menina é frágil e um menino não chora, e prendam suas cabras que o meu bode está solto, assim também, os homens são donos das mulheres, fazem gozar, e as mulheres gozam. E quem não consegue está ferrado e quem não atinge o osgasmo é uma chata. Para uns e outros essa é uma verdade, mas não para todos.
A imagem dos homens super amantes, solucionando a contento os problemas sexuais ou nunca os encontrando, integra uma mitologia infantil que se evidencia na puberdade tomando a forma de expectativa de si mesma ou mesmo.
Em uma roda de amigos ou colegas de trabalho, após algumas doses, não há quem duvide de que o homem é antes de tudo poderoso. Forte e atrevido na conquista das mulheres, livre e sem dor na consciência na hora de escanteá-las. Enfim, cara de pau e malandragem são ingredientes necessários na receita do verdadeiro amante, ciente de todas as artes do amor.
Internalizada nesse auto-retrato de masculinidade agressiva, forte e poderosa, aparece como seu pano de fundo a imagem da fêmea desprotegida, casta e passiva, que depende do entusiasmo masculino para ser seduzida. Ela quase nada sabe sobre sexo, afinal como deve ser toda mulher séria. Possui desejos não definidos, ou pouco devassados. Dependendo afinal do macho aventureiro, do mestre que virá transformá-la numa mulher satisfeita , que lhe fará aprender os segredos do sexo.
O prazer feminino aparece dependente do desempenho masculino, e se estrutura a partir do prazer que ele é capaz de proporcionar. Não há iniciativa feminina, somente conformação. Crer nesse modelo de passividade feminina é a forma confortável que o homem encontrou para sentir-se seguro. Mulheres passivas, inertes, evitam maiores problemas.
O grande problema é que as próprias mulheres interiorizam essa imagem sexual e tendem a se comportar em função dela, dando, assim, muita importância ao arsenal de mitos que a ingenuidade e o desejo de dominação dos homens conta sobre a inocência e passividade femininas. Elas acabam confirmando profecias que não se baseiam em nada mais do que na própria necessidade masculina de se sentir seguro.